domingo, 20 de março de 2016

MOSAICO DAS NERVURAS OU DOENÇA AZUL NO ALGODOEIRO

          O mosaico das nervuras foi relatado, no Brasil em 1938. A ocorrência de uma suposta estirpe mais agressiva desse vírus foi observada em 1962, sendo denominada var. Ribeirão Bonito. Essa enfermidade é também conhecida por doença-azul, mosaico-azul ou moléstia-azul, devido aos sintomas acentuados nas folhas mais novas, de coloração verde-escura a azulada.

Etiologia
        Recentemente, o gene da capa proteica e parte do gene da polimerase desse vírus foram sequenciados e, de acordo com análises comparativas dessas sequenciais, é provavel que ele pertença ao gênero Polerovírus (família Luteoviridae). Para o agente causal dessa virose, é Cotton leafroll dwarf vírus, CLRDV. 
  
Sintomas
         O Mosaico das nervuras se caracteriza pela redução do porte das plantas afetadas, principalmente quando a transmissão do vírus ocorre em plantas novas, causando encurtamento dos entrenós. Ocorre epinastia (encurvamento das bordas) nas folhas mais novas, rugosidade e amarelecimento ao longo das nervuras, além de, em casos mais severos, avermelhamento de pecíolos, nervuras e limbo foliar. Os sintomas surgiram desde a fase vegetativa até o aparecimento dos botões florais.
                                        
    Figura 1: Encurtamento dos entrenós.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis.


                       
  Figura 2: Epinastia e rugosidade nas folhas mais novas.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis.


 Epidemiologia
         Esse vírus é transmitido pelo pulgão (Aphis gossypii) sendo a relação vírus-vetor do tipo persistente e circulativa. Plantas sadias expostas a pulgões contaminados com partículas desse vírus desenvolvem os sintomas em torno de 18 dias após a exposição.

Controle
        No experimento foi feito o controle do vetor (Aphis gossypii). Mas também recomenda-se o uso de variedades resistentes, destruição de soqueira e tiguera.

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