domingo, 20 de março de 2016

MANCHA ALTERNARIA NO ALGODOEIRO

           No Brasil são umas das mais importantes doenças causadas nas folhas. O fungo pode atacar desde o estado de plântula, e provocar desfolhação e redução dos rendimentos. A doença se caracteriza pela produção de manchas e necrose foliares. Esse patógeno tem um amplo círculo de hospedeiros, podendo causar sintomas em espécies de diversas famílias de plantas.

Etiologia
        A mancha-de-alternária em algodoeiro é causada por duas espécies de fungos pertencentes ao gênero Alternaria. A mais comum é causada por stemphylium soani (Pinta preta), que afeta principalmente as folhas mais velhas, mas também pode incidir em folhas cotiledonares e maçãs. Outra espécie do gênero Alternaria spp  também provoca lesões em folhas de algodoeiro. As células conidiogenas integradas, terminal de se tornar intercalar, politréticos, simpodial, ou às vezes monotrético, cicatrizada. Os conidióforos e conídios geralmente marrom dourado médio. Conidióforos geralmente simples, retas ou curvas, 1-3 septos, com um ou vários poros conidiais apicais. Os conídios com ramificação corrente, ovóide ou elipsoidal, com um poro basal evidente, ligeralmente com 3-8 septos transversais. 

Sintomas
          Alternaria sp.: Pequenas manchas circulares, com bordas enegrecidas e o centro marrom ou cinza e com a evolução em número as lesões coalescem formando áreas necróticas de formato irregular e quando envelhecem apresentam o centro seco e quebradiço e podem provocar a queda das folhas. Os primeiros sintomas surgiram na fase vegetativa ( V0) da cultura. As maçãs podem apresentar lesões circulares deprimidas e enegrecidas.( Stemphylium solani).
     Manchas de formato irregular de cor negro a marrom-escuro e que posteriormente se tornam avermelhadas e de tamanhos variados que com o envelhecimento das lesões velhas apresentam o centro claro-esbranquiçado. Os primeiros sintomas surgiram na fase vegetativa (V1 e V2) da planta. 

                                                                                    
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         Figura 1: Alternaria spp: Lesões nos cotilédones.
  Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis.  


                         
           Figura 2: Lesões nas folhas causadas por Stemphylium Soani.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis.
                                             
                                                                                   
Epidemiologia
           O fungo é transmitido por meio de sementes infectadas e sobrevive em restos de cultura. Alta umidade relativa favorece o progresso da mancha de alternária. Temperatura ótima variando entre 20°C e 25°C.
        Dentro da faixa de temperatura ótima para o desenvolvimento dessa doença, cotilédones tornam-se infectados com um período de 4 horas de molhamento, mas para ocorrer um nível similar de infecção sobre folhas, é necessário um período de pelo menos 20 horas de molhamento.
      Pelas condições favoráveis aos agentes causais (Alternaria spp. e Stemphylium solani) serem semelhantes, é comum ocorreram simultaneamente.

Controle
        No experimento foi realizado o controle químico com estrobilurina e triazolinthione (400 ml/há-1). O manejo deve ser implementado usando-se cultivares resistentes, controle químico. O controle químico usado contra outro patógenos, como Ramulária aréola, contribui para o controle da mancha de alternária. Fungicidas estranhados (Protetores) são eficazes no controle dessa doença.  Controle químico pode ser feito pelos grupos químicos triazol, benzimidazol e estrobirulina.

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