sábado, 19 de março de 2016

MANCHA DA RAMULARIA NO ALGODOEIRO

Mancha da Ramularia também pode ser conhecida como falso-oídio ou mancha-branca e foi relatada pela primeira vez nos Estados Unidos. No Brasil, ela ocorria apenas no final do ciclo da cultura e não se constituía num problema fitossanitário, entretanto, com o aumento da área cultivada e uso de cultivares suscetíveis, a doença passou a surgir mais cedo, sendo atualmente considerada a principal doença da cultura na Região do Cerrado. 

Etiologia
 A mancha-de-ramulária é causada pelo fungo Ramularia aréola. No início as lesões podem ser observadas nas folhas mais velhas (folhas do baixeiro), geralmente em lavouras desenvolvidas, em lugares sombreados e mais úmidos. O patógeno apresenta conidióforos fasciculares que saem pelo estômatos. Os conidióforos são cilíndricos, hialinos, e possui de um a três septos. Os ascóporos se desenvolvem em restos de culturas, folhas e soqueiras, constituindo o inoculo primário.

Sintomas
Os sintomas iniciais da doença são lesões de formato angular, com coloração branco-azulada na face inferior das folhas mais velhas, devido à colonização pelo patógeno. Em condições climáticas favoráveis, ocorre intensa esporulação do patógeno no centro das lesões, dando-lhes um aspecto esbranquiçado. As lesões multiplicam-se e ocupam quase todo o limbo foliar, podendo tornar-se necrosadas após o período de esporulação do patógeno. A alta severidade da doença induz desfolha precoce nas plantas.


     


                        
Figura 1: Sintomas da Ramularia na folha do algodoeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.



     

                Figura 2: Sintomas da Ramularia na folha do algodoeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.




                     

   
Figura 3: Sintomas da Ramularia na folha do baixeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.

Epidemiologia
       O fungo sobrevive em restos de cultura e sua dispersão do patógeno ocorre por meio de vento, água de chuva ou irrigação, pessoas e máquinas. Conídios do fungo germinam em água livre em temperaturas que variam de 16°C a 34°C, com temperatura ótima entre 25°C e 30°C. Algumas infecções ocorrem após dois ciclos de noites úmidas (Acima de 80%) seguidas de dias secos com infecção máxima após quatro ciclos.

Controle

   No Experimento foi utilizado o controle químico com estrobilurina e triazolinthione (400 ml/há-1). Deve-se fazer plantio menos adensados e conduzidos de forma a evitar o sombreamento excessivo entre plantas, uso de variedades resistentes, eliminação do resto de cultura, essas são as principais táticas utilizadas no manejo dessa doença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário