domingo, 20 de março de 2016

ANTRACNOSE NO SORGO

A antracnose é considerada a doença mais importante da cultura do sorgo no Brasil pelas perdas ocasionadas na produção de grãos e forragens, estando presente em praticamente todas as áreas de plantio do país. Reduções superiores a 80% na produção de grãos têm sido constatadas em cultivares suscetíveis, em anos e locais favoráveis ao desenvolvimento e À disseminação da doença.  

         Etiologia
   
       Colletotrichum coccodes é o agente etiológico  de  doenças  como  “antracnose”  e  “black-dot”  em solanáceas, causando prejuízos expressivos em diversas áreas do mundo. O  fungo possui vários sinônimos o que dificulta a análise de sua ocorrência e distribuição geográfica, inclusive a adoção de medidas quarentenárias.Os conídios, produzidos em acérvulos, agIutinam-se em uma massa gelatinosa de cor rosa que se dissolve na presença de umidade. A sobrevivência do fungo, de um ano para outro, se dá nos restos de cultura, espécies de sorgo selvagens e sementes. No solo, a sobrevivência é drasticamente reduzida na superfície. A disseminação dos conídios produzidos nas espécies selvagens ou em plantas remanescentes se dá através da água de chuva e dos ventos e se constitui na fonte primária de inóculo. As condições favoráveis para o aparecimento da doença são de alta umidade e temperatura em torno de 25 a 30°C.

          Sintomas
    
     A fase foliar da antracnose é mais prevalecente a partir do desenvolvimento da panícula, podendo, entretanto, ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta. Com a evolução das lesões, elas passam a apresentar centros necróticos de coloração palha, com margens avermelhada, alaranjada ou castanha, variando em função da pigmentação da cultivar. Os sintomas na nervura central das folhas caracterizam-se por lesões elípticas a alongadas de coloração variável, onde são formados os acérvulos em grande quantidade.  Em cultivares suscetíveis e sob condições ambientais favoráveis à doença, pode ocorrer a completa destruição da área foliar das plantas 



  
  Figura 1: Sintoma de Antracnose na folha.
Fonte: MACHADO;CHECCIO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis




  
   Figura 2: Sintoma de Antracnose na folha.
Fonte: MACHADO;CHECCIO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis



Figura 3: Sintoma de Antracnose na folha.
Fonte: MACHADO;CHECCIO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis



           Epidemiologia

        O fungo C. sublineolum pode sobreviver como microescleródios, micélio e conídios em restos de cultura e em sementes infectadas. A disseminação dos esporos do patógeno ocorre, principalmente, através de respingos de chuva e, em menor proporção, através do vento. A sua disseminação a longas distâncias se dá através de sementes contaminadas. As epidemias da antracnose são mais severas durante períodos prolongados de temperatura moderadas (25°C), elevada umidade relativa do ar e molhamento foliar, principalmente se estas fases coincidem com a fase de enchimento dos grãos. O fungo C.

        Controle


   
      A principal medida de controle da antracnose é a utilização de cultivares resistentes. Entretanto, o uso da resistência genética é dificultada pela alta variabilidade apresentada pelo patógeno, o que pode determinar que a cultivar resistente seja superada pela rápida adaptação de uma nova raça do patógeno. 

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