sábado, 19 de março de 2016

MANCHA DO MIROTÉCIO NO ALGODOEIRO

No município de Balsas, no Estado do Maranhão, essa doença foi responsável por perdas estimadas em 50%, na safra 2003/2004, sendo também relatada em Mato Grosso, na Bahia e em Goiás, embora com baixa incidência. O agente causal da mancha de mirotécio em algodoeiro é encontrado em regiões de clima temperado e tropical, numa vasta gama de hospedeiros, que incluem solanáceas e cucurbitáceas. No entanto o mirotécio não causa muito dano expressivo em folhas, sua severidade acontece nas maças, que é a estrutura de interesse econômico, que futuramente sera comercializada, por isso seus danos são expressivos na cultura quando não controladas.
Etiologia
A mancha de mirotécio em algodoeiro é causada pelo fungo Myrothecium roridum. O fungo pode atacar toda a parte aérea da planta, mas é mais característico na folha. 
Os esporodóquios surgem como pontos negros semelhantes a cabeças de alfinete, tanto nas folhas quanto nas maçãs ou em outros órgãos afetados. Sob condições ótimas ao desenvolvimento, as lesões crescem em tamanho e número, coalescem e afetam grandes áreas do limbo foliar, resultando em desfolha. O fungo pode infectar não só tecidos mais tenros, mas também, tecidos mais lenhosos, causando lesões na haste principal, pedúnculos e pecíolos.
Sintomas
As lesões apresentam esporodóquios de formas irregulares e negros circundados por hifas de cor branca. Os esporodóquios podem ser encontrados na face inferior e superior das folhas. Nas folhas inicialmente ocorrem manchas isoladas com anéis concêntricos, circundadas por halo violeta ou avermelhado que podem coalescer e provocar desfolhas severas. Nos pecíolos e caules as lesões são irregulares, escuras e também apresentam esporodóquios. Nas maçãs são observadas lesões irregulares com esporodóquios. No experimento conduzido, os sintomas nas folhas surgiram da fase reprodutiva (FC, período da ultima flor e o primeiro do capulho).

                             

Figura 1: Sintoma de mirotécio na folha.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis




 Figura 2: Sintomas inicias do mirotécio na folha.
 Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis




                 Figura 3: Sintoma de mirotécio na parte Aérea da planta.
           Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis                 
          
Epidemiologia
            O patógeno é um saprófita de solo, bastante comum, com capacidade de se tornar patógeno sob certas condições (altas temperaturas e molhamento foliar constante, por vários dias). O fungo é capaz de produzir sintomas em todos os estágios de desenvolvimento do algodoeiro, inclusive na fase de frutificação da planta, nas maçãs. Temperaturas de 21ºC a 27ºC, alta pluviometria e alta umidade do ar (Acima de 90%), associadas às lesões ou injúrias provocadas por pragas ou agentes químicos iniciam a infecção na lavoura enquanto que os contatos de estruturas infectadas com outras estruturas da planta aumentam a infecção.

Controle

Na área foi utiliza o controlo químico com triazol + estrubilurina (500 ml/há-1). Mas também se recomenta o uso de variedades resistentes, eliminação de plantas hospedeiras, e eliminação de tiguera.

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