Mancha da Ramularia
também pode ser conhecida como falso-oídio ou mancha-branca e foi relatada pela
primeira vez nos Estados Unidos. No Brasil, ela ocorria apenas no final do
ciclo da cultura e não se constituía num problema fitossanitário, entretanto, com
o aumento da área cultivada e uso de cultivares suscetíveis, a doença passou a
surgir mais cedo, sendo atualmente considerada a principal doença da cultura na
Região do Cerrado.
Etiologia
A
mancha-de-ramulária é causada pelo fungo Ramularia aréola. No
início as lesões podem ser observadas nas folhas mais velhas (folhas
do baixeiro), geralmente em lavouras desenvolvidas, em lugares
sombreados e mais úmidos. O patógeno apresenta conidióforos fasciculares que
saem pelo estômatos. Os conidióforos são cilíndricos, hialinos, e possui de um
a três septos. Os ascóporos se desenvolvem em restos de culturas, folhas e
soqueiras, constituindo o inoculo primário.
Sintomas
Os
sintomas iniciais da doença são lesões de formato angular, com coloração
branco-azulada na face inferior das folhas mais velhas, devido à colonização
pelo patógeno. Em condições climáticas favoráveis, ocorre intensa esporulação
do patógeno no centro das lesões, dando-lhes um aspecto esbranquiçado. As
lesões multiplicam-se e ocupam quase todo o limbo foliar, podendo tornar-se
necrosadas após o período de esporulação do patógeno. A alta severidade da
doença induz desfolha precoce nas plantas.
Figura 1: Sintomas da Ramularia na folha do algodoeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.
Figura 2: Sintomas da Ramularia na folha do algodoeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.
Figura 3: Sintomas da Ramularia na folha do baixeiro.
Fonte: OLIVEIRA; RIBEIRO, 2016 - IFMT-Campus Campo Novo do Parecis.
Epidemiologia
O fungo sobrevive em restos de cultura e sua dispersão do patógeno
ocorre por meio de vento, água de chuva ou irrigação, pessoas e máquinas.
Conídios do fungo germinam em água livre em temperaturas que variam de 16°C a
34°C, com temperatura ótima entre 25°C e 30°C. Algumas infecções ocorrem após
dois ciclos de noites úmidas (Acima de 80%) seguidas de dias secos com infecção
máxima após quatro ciclos.
Controle
No Experimento foi utilizado o controle químico
com estrobilurina e triazolinthione (400 ml/há-1). Deve-se
fazer plantio menos adensados e conduzidos de forma a evitar o sombreamento
excessivo entre plantas, uso de variedades resistentes, eliminação do
resto de cultura, essas são as principais táticas utilizadas no manejo
dessa doença.
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