No Brasil são umas das mais
importantes doenças causadas nas folhas. O fungo pode atacar desde o estado de
plântula, e provocar desfolhação e redução dos rendimentos. A doença se
caracteriza pela produção de manchas e necrose foliares. Esse patógeno tem um
amplo círculo de hospedeiros, podendo causar sintomas em espécies de diversas
famílias de plantas.
Etiologia
A mancha-de-alternária em algodoeiro é causada por duas
espécies de fungos pertencentes ao gênero Alternaria. A mais comum
é causada por stemphylium soani (Pinta preta), que afeta
principalmente as folhas mais velhas, mas também pode incidir em folhas
cotiledonares e maçãs. Outra espécie do gênero Alternaria spp
também provoca lesões em folhas de algodoeiro. As células conidiogenas
integradas, terminal de se tornar intercalar, politréticos, simpodial, ou
às vezes monotrético, cicatrizada. Os conidióforos e conídios geralmente marrom
dourado médio. Conidióforos geralmente simples, retas ou curvas, 1-3 septos,
com um ou vários poros conidiais apicais. Os conídios com ramificação corrente,
ovóide ou elipsoidal, com um poro basal evidente, ligeralmente com 3-8 septos transversais.
Sintomas
Alternaria sp.: Pequenas manchas circulares, com bordas
enegrecidas e o centro marrom ou cinza e com a evolução em número as
lesões coalescem formando áreas necróticas de formato irregular e quando
envelhecem apresentam o centro seco e quebradiço e podem provocar a queda das
folhas. Os primeiros sintomas surgiram na fase vegetativa ( V0) da
cultura. As maçãs podem apresentar lesões circulares
deprimidas e enegrecidas.( Stemphylium solani).
Manchas de formato irregular de cor negro a
marrom-escuro e que posteriormente se tornam avermelhadas e de tamanhos
variados que com o envelhecimento das lesões velhas apresentam o centro
claro-esbranquiçado. Os primeiros sintomas surgiram na fase vegetativa (V1 e
V2) da planta.
.
Figura 1: Alternaria
spp: Lesões nos cotilédones.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo
do Parecis.
Figura
2: Lesões nas folhas causadas por Stemphylium Soani.
Fonte: OLIVEIRA RIBEIRO, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis.
Epidemiologia
O fungo é transmitido por meio de sementes
infectadas e sobrevive em restos de cultura. Alta umidade relativa favorece o
progresso da mancha de alternária. Temperatura ótima variando entre 20°C e
25°C.
Dentro da faixa de temperatura ótima
para o desenvolvimento dessa doença, cotilédones tornam-se infectados com um
período de 4 horas de molhamento, mas para ocorrer um nível similar de infecção
sobre folhas, é necessário um período de pelo menos 20 horas de molhamento.
Pelas condições favoráveis aos agentes causais
(Alternaria spp. e Stemphylium solani) serem semelhantes, é comum ocorreram
simultaneamente.
Controle
No experimento foi realizado o controle químico com estrobilurina e
triazolinthione (400 ml/há-1). O
manejo deve ser implementado usando-se cultivares resistentes, controle
químico. O controle químico usado contra outro patógenos, como Ramulária aréola,
contribui para o controle da mancha de alternária. Fungicidas estranhados
(Protetores) são eficazes no controle dessa doença. Controle químico pode
ser feito pelos grupos químicos triazol, benzimidazol e estrobirulina.
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