segunda-feira, 21 de março de 2016

APRESENTAÇÃO



      O presente blog foi elaborado pela turma de Fitopatologia II , do curso de Agronomia , do  IFMT Campus  Campo Novo do Parecis , localizado as margens da Rodovia MT 235 Km 12, no município de Campo Novo do Parecis-MT , foram plantadas as culturas principais da agricultura na região , algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, girassol, milho, milho pipoca e sorgo , afim de identificar e conhecer as principais doenças de cada cultura , sua severidade , seu controle e manejo adotado para evitar que a doença seja problema em plantios comerciais .

      Os experimentos foram todos plantados no dia 30 de outubro de 2015 no campus do IFMT , em Latossolo vermelho distrófico. O clima da região é equatorial e tropical quente e úmido, com temperatura anual média de 24°C, precipitação média anual de 1.900 a 2.400 mm e umidade média anual de 65%.

Docente Responsável: Dr(a). Ronilda Lana Aguiar

Discentes:
Carlos Felipe Fernandes
Diego Hahn Machado
Dionei Ribeiro
Evanderson de Oliveira
Felipe Checchio Anequine de Macedo
Ivan Luiz Biezus Junior
Lucas Marcelo Falcade Brugnera
Oleriana Santos
Rodrigo Gusmão Lazarin
Rogerio Petry
Willian White Menezes Andrade










Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Campo Novo do Parecis
MT 235 Km 12, s/n - CEP: 78360-000
Telefone: (65) 3382-6200

Campo Novo do Parecis / MT

CARACTERISTICAS DAS PARCELAS E TRATAMENTOS UTILIZADOS NO MILHO

O experimento foi instalado no dia 30 de novembro de 2015, constituído por 4 parcelas de 5 x 7 metros. Cada parcela obteve os seguintes tratamentos: a primeira parcela com tratamento de semente (TS) e aplicação de fungicida preventiva, a segunda tratamento da semente e fungicida curativo, a terceira parcela com tratamento de semente e a quarta parcela não recebeu nenhum tratamento. 


                                    Figura 1: Área experimental da cultura do milho
Fonte: Turtera, 2016 – IFMT- Campus Campo Novo do Parecis. 

adubação foi entre linhas com o adubo formulado NPK (0-25-20) 250 kg há-1. O plantio foi manualmente com profundidade de 3 cm. O espaçamento de 0,45 m entre linha e 3 plantas por metro linear. A aplicação de inseticida foi de acordo com a necessidade da cultura. O desbaste das plantas ocorreu vinte dias após a emergência da cultura. O controle de daninhas foi feito através de capina.
As principais doenças observadas na região do Parecis e também no campus foram : Helmintosporiose, Cercosporiose, Diplodia, Mancha Branca, Ferrugem Polissora e Antracnose.

HELMINTOSPORIOSE

 HELMINTOSPORIOSE- Exserohilum turcicum

 No Brasil, as maiores severidades desta enfermidade têm ocorrido em plantios de safrinha. as perdas na produção podem chegar a 50%.

ETIOLOGIA
O agente causal da doença é o fungo Exserohilum turcicum, o patógeno apresenta a capacidade de sobreviver em restos culturais na forma de conídios e micélio. A semente infectada contribui para a disseminação do patógeno.

SINTOMAS

Nas folhas os sintomas são de formato alongado, de coloração cinza á marrom. A doença geralmente ocorre nas folhas do baixeiro, folhas mais velhas, inicialmente da ponta das folhas. Em casos mais severos o tecido afetado pode vir a se romper.


Figura 1. Sintoma foliar de Helmintosporiose
 Fonte: Brugnera, 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis.



EPIDEMIOLOGIA
   O patógeno é disseminado por vento, respingo de chuva, restos culturais, sementes contaminadas. Temperaturas em 15 a 30ºC são favoráveis ao desenvolvimento do patógeno associado a presença de orvalho. O patógeno apresenta a capacidade de colonizar folha e semente. Tem como hospedeiro alternativo o sorgo e capim Sudão. 

CONTROLE
    Rotação de cultura com espécies leguminosas, uso de cultivares resistente ou tolerante quando disponível, escolha de semente sadia , tratamento de sementes e controle químico com fungicidas .

FERRUGEM POLISSORA

FERRUGEM POLISSORA- Puccinia polysora Underw
A doença está distribuída por todo Brasil, foram determinadas perdas superiores a 40% na produção de milho devido à ocorrência de epidemias de ferrugem polissora.
ETIOLOGIA
Causada pelo fungo Puccinia polysora Underw , ataca a área foliar os uredósporos são amarelo-dourados , com formo elipsoidal a ovoide, os teliósporos são de coloração marrom-castanho  elipsoidal ou oblongos com as duas extremidades arredondadas.  
SINTOMA

 Os sintomas da ferrugem polissora são caracterizados pela formação de pústulas circulares a ovais, de coloração marrom clara ou alaranjadas , distribuídas, predominantemente, na face superior das folhas.  


Figura 1. Sintoma foliar de ferrugem polissora
Fonte: Embrapa, 2016 .


EPIDEMIOLOGIA
A ocorre  com maior intensidade em altitudes abaixo de 700 m, onde predominam temperatura mais elevadas (25 a 35oC). A ocorrência de períodos prolongados de elevada umidade   relativa  do  ar   também    é  um    fator importante   para  o desenvolvimento da doença.
CONTROLE

Uso de cultivares resistentes, a escolha da época e  local de plantio, a aplicação e fungicidas em situações de elevada pressão de doença.

ANTRACNOSE

 ANTRACNOSE - Colletotrichum graminicola


ETIOLOGIA
O agente causal da doença é o fungo Colletotrichum graminicola, sobrevive na forma de inóculo em sementes e restos culturais do milho.
SINTOMA

 Os sintomas são encontrados na nervura central das folhas, são de coloração marrom,  avermelhada a roxeada. Em estádios mais avançados a doença pode ser presente no limbo foliar. Os sintomas podem se apresentar de forma isolada ao longo da nervura central da folha e posteriormente coalescerem consumindo toda a nervura da folha.
Figura 1. Sintoma foliar de Antracnose na nervura
Fonte: Brugnera, 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis, 2016.



EPIDEMIOLOGIA
Condições  climáticas favoráveis como temperaturas entre 25 a 35Cº e umidade superior 85% são fatores de grande importância para sobrevivência do agente e seus processos reprodutivos. Quando presente em semente o fungo em condições ótimas inicia seu processo de proliferação da planta apresentando sintomas iniciais.

CONTROLE
Rotação de cultura com espécies leguminosas, uso de cultivares resistente ou tolerante quando disponível, escolha de semente sadia e adubação equilibrada. Controle químico visando a qualidade dos grãos com triazol e estrobilurina.

MANCHA DE DIPLODIA

DIPLODIA- Stenocarpella macrospora 

ETIOLOGIA
Causado pelo fungo Stenocarpella macrospora, apresenta a capacidade de infectar várias partes da planta, inclusive a semente. Pode atacar o Milho-Pipoca e ter hospedeiro alternativos em plantas e milho  tiguera.

SINTOMAS

 Manchas alongadas nas folhas, com ponto em formato de circulo, visível quando postos contra a luz, ficando evidente o local da infecção. Uma folha pode apresentar vários pontos de infecção causados pelo patógeno que pode apresentar formato alongado distribuindo-se em todo limbo foliar ou em pontos isolados, ocorrendo normalmente coalescência entre as lesões. Os sintomas podem ser encontrados no colmo, folhas, haste, sementes, sendo mais expressivas nas folhas.

Figura 1. Sintoma de mancha de Diplodia na folha 
 Fonte: Brugnera , 2016 – IFMT - Campus Campo Novo do Parecis, 2016.

EPIDEMIOLOGIA
Disseminado pelo respingo de chuva, vento, estruturas vegetativas contaminadas aderidas a maquinário, sementes contaminadas,. As condições ambientais que favorecem a ocorrência da doença são temperaturas moderadas e alta umidade.

CONTROLE
Uso de cultivares resistente ou tolerante quando disponível, rotação de cultura com espécies leguminosas, escolha de semente sadias e adubação equilibrada em caso de alta infestação adota-se o controle químico com fungicidas. 

MANCHA BRANCA

MANCHA-BRANCA- Phaosphaeria maydis

A mancha branca é considerada, atualmente, uma das principais doenças da cultura do milho no Brasil, estando presente em praticamente todas as regiões de plantio de milho no Brasil. As perdas na produção podem ser superiores a 60% em situações de ambiente favorável e de uso de cultivares suscetíveis.

ETIOLOGIA
 Tendo origem pelo fungo Phaosphaeria maydis o ,inóculo primário vem dos  restos culturais, não apresentando hospedeiros alternativos até o momento. Vento, respingo de chuva, sementes contaminadas, são fatores determinantes para a disseminação do patógeno. Nos picnídios estão presentes os esporos, alongados ou levemente arredondados, hialinos.

SINTOMAS

 As manchas se apresentam nas folhas e palhas da espiga, de formato  arredondada, alongada ou pouco irregulares, cloróticas inicialmente com diâmetro variando de 0,3 a 1cm,  tornando-se maiores posteriormente. Pode ocorrer a coalescência de lesões, ocasionando a morte de parte ou até de todas a área folia. Partes reprodutivas do fungo podem ser encontradas no centro das lesões.

Figura 1: Sintoma Mancha Branca na folha
     Fonte:  Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016

EPIDEMIOLOGIA
A doença é favorecida pela temperatura que varia de 15 a 25ºC, elevada precipitação e umidade relativa acima de 55%, longo período de orvalho. Vento, respingo de chuva, sementes contaminadas, são fatores determinantes para a disseminação do patógeno.

CONTROLE
Rotação de cultura com dicotiledôneas , evitar plantio sucessivo de milho pipoca e sucessão com milho, incorporação dos restos cultuais., aquisição de sementes sadias e variedades resistente ou tolerantes quando disponível, aplicação de fungicidas para controle químico a base de triazol e estrubilurina.