quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PODRIDÃO VERMELHA

PODRIDÃO VERMELHA - Colletotrichum falcatum

A doença causa prejuízos importantes a cultura, principalmente pela inversão de sacarose. São freqüentes relatos de perda de 50 a 70% da sacarose de colmos atacados simultaneamente pelo fungo e pela broca da cana (Diatraea saccharalis).

Etiologia 
O agente causal é Colletotrichum falcatum que corresponde, na fase perfeita, a Glomerella tucumanensis. Produz acérvulos sub-epidérmicos eruptivos com setas retas ou tortuosas, pardo-escuras, septadas, abundantes e facilmente visíveis com lupa manual. Na base das setas estão conidióforos curtos, simples, hialinos, com conídios falcados (acanoados) unicelulares, hialinos, granulosos e envoltos em massa gelatinosa que dá ao conjunto tom levemente rosado.


Sintomas - Esta doença pode se manifestar na cana-de-açúcar sob diferentes formas, de acordo com os órgãos afetados e estádio vegetativo. Durante a germinação do tolete, causa a morte das gemas e redução na germinação. Nos colmos, o patógeno causa, internamente, uma podridão vermelha que dá nome à doença. Na nervura central das folhas aparecem lesões vermelhas que mais tarde ficam com o centro mais claro. O tamanho das lesões é variável, mas em folhas velhas pode atingir toda a extensão da nervura. Em variedades suscetíveis, as lesões aprofundam-se na nervura. Os sintomas podem ser confundidos com deficiência de potássio. 

Figura 1: Sintoma de Podridão Vermelha  na folha
                                                                 Fonte: Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016
Epidemiologia
 É  um parasita que infecta a planta por meio de conídio e lesões nos tecidos vegetais. A disseminação do inóculo acontece pela ação dos ventos, chuva, orvalho e água de irrigação. Outros hospedeiros do fungo não são considerados fontes de inóculo representativas. Tanto a disseminação quanto a severidade dos sintomas estão relacionados com condições ambientais. Após o plantio, os sintomas são mais severos em condições de umidade excessiva do solo.
Controle

O uso de variedades resistentes é o único método econômico de controle. Saccharum officinarum, S. barberi S. sinense têm a maioria das suas populações suscetível. Na espécie S. spontaneum encontram-se as melhores fontes de resistência, tendo servido para a produção dos híbridos modernos mais resistentes à doença. 

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