PODRIDÃO VERMELHA - Colletotrichum falcatum
A doença causa prejuízos
importantes a cultura, principalmente pela inversão de sacarose. São freqüentes
relatos de perda de 50 a 70% da sacarose de colmos atacados simultaneamente
pelo fungo e pela broca da cana (Diatraea saccharalis).
Etiologia
O agente causal é Colletotrichum falcatum que
corresponde, na fase perfeita, a Glomerella tucumanensis. Produz acérvulos sub-epidérmicos
eruptivos com setas retas ou tortuosas, pardo-escuras, septadas, abundantes e
facilmente visíveis com lupa manual. Na base das setas estão conidióforos
curtos, simples, hialinos, com conídios falcados (acanoados) unicelulares,
hialinos, granulosos e envoltos em massa gelatinosa que dá ao conjunto tom
levemente rosado.
Sintomas - Esta doença pode
se manifestar na cana-de-açúcar sob diferentes formas, de acordo com os órgãos
afetados e estádio vegetativo. Durante a germinação do tolete, causa a morte
das gemas e redução na germinação. Nos colmos, o patógeno causa, internamente,
uma podridão vermelha que dá nome à doença. Na nervura central das folhas
aparecem lesões vermelhas que mais tarde ficam com o centro mais claro. O
tamanho das lesões é variável, mas em folhas velhas pode atingir toda a
extensão da nervura. Em variedades suscetíveis, as lesões aprofundam-se na
nervura. Os sintomas podem ser confundidos com deficiência de potássio.
Figura 1: Sintoma de Podridão Vermelha na folha
Fonte: Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016
Epidemiologia
É um parasita que
infecta a planta por meio de conídio e lesões nos tecidos vegetais. A
disseminação do inóculo acontece pela ação dos ventos, chuva, orvalho e água de
irrigação. Outros hospedeiros do fungo não são considerados fontes de inóculo
representativas. Tanto a disseminação quanto a severidade dos sintomas estão
relacionados com condições ambientais. Após o plantio, os sintomas são mais
severos em condições de umidade excessiva do solo.
Controle
O uso de variedades
resistentes é o único método econômico de controle. Saccharum
officinarum, S. barberi e S. sinense têm
a maioria das suas populações suscetível. Na espécie S. spontaneum encontram-se
as melhores fontes de resistência, tendo servido para a produção dos híbridos
modernos mais resistentes à doença.
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