As perdas são variáveis em função da variedade cultivada e dos fatores climáticos prevalecentes nas áreas de cultivo. No Brasil, alguns dados revelam perdas no peso de grãos da ordem de 8-14%, enquanto índices de 19-55% de espiguetas vazias foram observados em experimentos conduzidos em condições de campo.
Etiologia
O
agente causal da brusone é o fungo Magnaporthe
grisea, que corresponde ao estádio anamórfico Pyricularia grisea (=P. oryzae).
O
fungo é perpetuado através da formação de esporos assexuais ou conídios. Os
conídios são piriformes, obclavados, com base circular e ápice fino, levemente
escuros ou hialinos, com pequeno hilo na base, medem 17-23 um por 8-11 um
ligam-se ao conidióforo pelo seu do mais dilatado. Normalmente, são encontrados
dois septos por esporo, sendo a presença de um ou três septos raramente
observada. Os conidióforos são longos, septados, simples ou em pequenos feixes,
raramente ramificados, simpodiais, geniculados com a parte basal mais larga do
conidióforo, cor marrom-pálido e emergentes através de estômatos.
Sintomas
A
brusone pode ocorrer em todas as partes aéreas da planta, desde os estágios
iniciais de desenvolvimento ate a fase final de produção de grãos. Nas folhas,
os sintomas típicos iniciam-se por pequenos pontos de coloração castanha, que
evoluem para manchas elípticas, com extremidades agudas, as quais, quando
isoladas e completamente desenvolvidas, variam de 1-2 cm de comprimento por
0,3-0,5 cm de largura. Estas manchas crescem no sentido das nervuras,
apresentando um centro cinza e bordos marrom-avermelhados, as vezes circundadas
por um halo amarelado. O centro e constituído por tecido necrosado sobre o qual
são encontradas as estruturas reprodutivas do patógeno A dimensão do bordo esta
diretamente relacionada com a existência da variedade e com as condições
climáticas, sendo estreita ou inexistente em variedades muito suscetíveis.
Fonte: Andrade; Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016.
Epidemiologia
O
crescimento pode ocorrer, em meio de cultura, em temperaturas pode ocorrer, em
meio de cultura, em temperaturas variáveis de 8°C a 37°C, sendo 28°C a
temperatura mais favorável. A faixa ótima para esporulação esta em torno de
28°C, embora possa ocorrer esporulação desde 10°C ate 35°C. A liberação de
esporos não é muito influenciada pela temperatura e normalmente ocorre na faixa
de 15°C a 35°C. Em relação a germinação, temperaturas compreendidas entre 25°C
a 28°C favorecem o processo. Quanto a umidade, a produção de conídios sobre as
lesões tem inicio quando a umidade relativa atinge no mínimo 93%. Para a
germinação, há necessidade de água livre, pois raramente o esporo germina sob condições
de ar saturado.
FIGURA 2: Condição ambiental favorável
Fonte: Andrade; Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016.
Controle
Recomenda-se
a adubação equilibrada, tratamento de sementes, aquisição de sementes sadias,
eliminação de gramíneas hospedeiras e controle químico com fungicidas. Assim como rotação de cultura nas áreas com culturas dicotiledôneas.
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