A doença encontra-se de forma endêmica em todas as regiões orizículas, com danos econômicos muito reduzidos e com maior intensidade em solo pobre e degradado. O potencial de inóculo nas lavouras foi reduzido nos últimos anos, de 1993 a 2002, ao ponto de a ocorrência do fungo Cercospora janseana Racib. O. Const. nas sementes de arroz ter se tornado raro.
Etiologia
O agente causal é o fungo Cercospora oryzae, um deuteromiceto cujos conídios são cilíndrico a acavalados, normalmente apresentam de 3 a 10 septos, hialinos ou levemente oliváceos. Os conidióforos são escuros, com 3 ou mais septos, e emergem pelos estômatos isoladamente ou em grupos de dois ou três.
Etiologia
O agente causal é o fungo Cercospora oryzae, um deuteromiceto cujos conídios são cilíndrico a acavalados, normalmente apresentam de 3 a 10 septos, hialinos ou levemente oliváceos. Os conidióforos são escuros, com 3 ou mais septos, e emergem pelos estômatos isoladamente ou em grupos de dois ou três.
Na fase
perfeita, o patógeno é o ascomiceto Sphaerulina
oryzina. Apresenta peritécios globosos e escuros, imersos na epiderme da
planta. Os ascos tem forma cilíndrica aclavada, sendo os ascósporos fusiformes
retos ou levemente curvos, hialinos, com três septos.
Sintomas
Sintomas
As manchas foliares possuem formato
alongado e estreito, linear, não atingindo mais do que 1 ou 2 espaços
internervuras, no sentido transversal.
Normalmente possuem em média de 2 a 10 mm de comprimento e 1 mm de largura.
As lesões possuem colorações pardo-avermelhadas, podem ocorrer em grande número
numa mesma folha e podem coalescer.
As
manchas típicas aparecem mais frequentemente nas folhas. No entanto, sob
condições de ataque severo, as manchas podem ser encontradas nas bainhas, colmos
e glumelas. As lesões características são estreitas, finas, necróticas,
alongadas no sentido das nervuras, apresentando coloração marrom-avermelhada.
Figura 1: Sintoma de Mancha Estreita na folha
Fonte: Andrade; Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016.
Fonte: Andrade; Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016.
Epidemiologia
O fungo se desenvolve dentro de um ampla faixa de temperatura. O crescimento ótimo é conseguido entre 25-28°C. Varias raças fisiológicas tem sido detectadas através de uma serie diferencial de variedades de arroz.
O fungo se desenvolve dentro de um ampla faixa de temperatura. O crescimento ótimo é conseguido entre 25-28°C. Varias raças fisiológicas tem sido detectadas através de uma serie diferencial de variedades de arroz.
A
sobrevivência ocorre nos restos de cultura. Uma vez na superfície da folha,
trazidos principalmente pelo vento, os conídios germinam e penetram pelos
estômatos. A colonização dos tecidos é feita pelo crescimento intracelular das
hifas, que emergem através dos estômatos, produzindo conidióforos e conídios,
os quais são novamente disseminados pelo vento. Condições de umidade alta e
temperatura elevada (28°C) são favoráveis ao desenvolvimento da doença.
Figura 2: Sintoma de Mancha Estreita nas folhas
Fonte: Andrade; Brugnera. IFMT, Campo Novo do Parecis, 2016.
Controle
O uso de variedades resistentes é a medida mais indicada para evitar ou diminuir os danos. Ao longo do tempo, diversas variedades foram produzidas em programas de melhoramento dirigidos para mancha estreita. Embora a doença venha merecendo pouca atenção no Brasil, a incorporação de resistência em variedades nacionais pode ser facilitada graças a existência de material estrangeiro com boas características agronômicas e portador de resistência.
O uso de variedades resistentes é a medida mais indicada para evitar ou diminuir os danos. Ao longo do tempo, diversas variedades foram produzidas em programas de melhoramento dirigidos para mancha estreita. Embora a doença venha merecendo pouca atenção no Brasil, a incorporação de resistência em variedades nacionais pode ser facilitada graças a existência de material estrangeiro com boas características agronômicas e portador de resistência.
Outras
medidas podem contribuir para o controle da doença, entre as quais o emprego de
sementes sadias ou tratadas, a eliminação do arroz vermelho, que se constitui
num hospedeiro alternativo, e mesmo a rotação de cultura. Alguns fungicidas, de contato e sistemicos tem sido recomendados para o controle do patógeno.
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